9 de jul. de 2011

História do dia 1º de maio - publicado na edição nº 0

No século XIX, intensificaram-se as lutas por condições dignas de trabalho. O 1º de maio assumiu grande importância nessa luta, especialmente em razão de diversos movimentos ocorridos na Inglaterra, França e Estados Unidos. Emílio Gennari relata essa história em um ótimo texto, do qual publicamos alguns extratos, mas o texto completo se encontra em: www.espacoacademico.com.br/011/11gennari.htm “Em dezembro de 1888, a Federação Americana do Trabalho aprova a proposta de realizar uma nova greve geral no dia 1º de maio de 1890 para estender a jornada de oito horas a todo o território dos Estados Unidos. Esta decisão acaba tendo repercussão no Congresso Socialista que em julho do ano seguinte reúne em Paris 391 delegados de 20 países. Entre suas decisões, o 1º de maio de 1890 é escolhido como o dia de uma grande manifestação internacional para impor aos poderes públicos a redução legal da jornada de trabalho para oito horas diárias.” “A elite procura fazer do 1º de maio um momento que reafirma sua visão da relação entre patrões e trabalhadores. Em 26 de setembro de 1924, um decreto do Presidente da República, Artur Bernardes, transforma esta data em feriado nacional. Ao falar do decreto, a mensagem presidencial enviada ao parlamento no ano seguinte diz: A significação que esta data passou a ter, nos últimos tempos, consagrando-se não mais a protestos subversivos, mas à glorificação do trabalho ordeiro e útil, justifica plenamente o nosso voto.” “Os poderosos criam o feriado de 1º de maio quando ainda não há uma lei que determina a jornada de trabalho de oito horas, motivo das manifestações que deram origem a esta data. Na verdade, a elite brasileira procura se apropriar dela justamente para esvaziá-la do espírito de luta depositado pela classe trabalhadora.” “A rebeldia, a dignidade e a solidariedade são o combustível que alimenta o fogo subterrâneo do qual falava Spies após ouvir a sentença. Os patrões fazem de tudo para apagar as faíscas, mas o fogo faz brotar outras onde eles menos esperam. Veja só esta manchete de primeira página do jornal A Plebe de 1948: Primeiro de Maio é um dia de protesto. Não é a “festa” do trabalho, como afirmam os mistificadores. O trabalho vive escravizado e os escravos não costumam festejar a sua escravidão.” 

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